À sombra de um abacateiro

À sombra de um abacateiro
O Abacateiro veio à Paraíso

Rádio Eco News

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mi Buenos Aires Querido



Não compreendia que o Tango era tão importante para os Argentinos assim como o samba é importante para os Brasileiros. Aliás, é muito mais que isso. É unanimidade nacional.
No dia 01 de Janeiro, juntamente com minha esposa Mônica e meus dois irmãos Jonas e Itallo, desembarcamos na capital Argentina. A primeira impressão não foi muito boa, já que o aeroporto estava em reformas e a sensação era que estávamos ainda em terras tupiniquins.
Já no taxi, Buenos Aires foi se mostrando em largas avenidas e transito organizado.
A viagem foi comum a qualquer outra feita por "estrangeiros nacionais".
Mas o que impressionou foi o Tango. Buenos Aires possui inúmeras casas de Tango que, além do espetáculo musical, vendem de forma casada o jantar.
Arriscamos entrar em uma pequena agência de turismo, localizada na Calle Florida, com o intuito de adquirir ingressos para conhecer o tango de verdade.
Já haviam nos sugerido o espetáculo "Señor Tango", mas a atendente nos disse que tal apresentação seria muito maçante e não traria o Tango Tradicional, e sim mistura de Argentina com Broadway. Resolvemos comprar dois shows então. Señor Tango e Sabor a Tango, pra estabelecermos critérios de comparação.
Primeiramente fomos ao Sabor a Tango. Lugar aconchegante de arquitetura renascentista contruído em 1878.
Demorou muito para começar e aparentemente o sistema de Ar- condicionado não estavam ligados.
A espera valeu quando um cantor no meio da multidão, com timbre vocal que remete Carlos Gardel começou a cantar.
No palco, dois violonistas, um pianista, uma violoncelista e um bandoleón foram protagonistas do espetáculo enquanto quatro pares de bailarinos dançavam as músicas cantadas por um cantor e uma cantora.
De queixo caído durante todo o espetáculo foi do jeito que fiquei. Impressionadíssimo com a sincronia da banda e com os passos sensuais dos bailarinos. Não foi preciso, para chamar a atenção dos espectadores, grandes efeitos de iluminação ou produção de figurino e palco. A performance exclusiva dos artistas é o ponto alto do show.
No outro dia fomos ao Señor Tango.



O lugar é maravilhoso, confortável, o ar condicionado funciona, o palco é perfeito e a luz mais ainda. O palco móvel e giratório fica no centro do salão. As luzes se ascenderam e um cavaleiro montado em um cavalo baio inicia o show ao meio de gelo seco e iluminação indireta. Tudo isso para tentar contar a história do Tango.

O figurino dos atores é impecável. O proprietário do "saloon" é o protagonista do show. O próprio dono quem conta e canta o tango. Muito bonito, mas só tem um problema: O que se vê menos no show é tango. Perdeu-se a característica principal da dança e investiu-se em megaprodução. Portanto, aconselho aos turistas procurarem outra casa de tango, caso seja tango que procurem.
De lá pra cá não me canso de ouvir os hits portenhos.
Mas ainda prefiro a ginga da mulata e o batuque dos tan-tans.
Tanto é verdade que todas as tardes nos reuníamos no saguão do hotel para cantar os cantos tocantinenses.


Um comentário:

Anônimo disse...

Bacana Glaydon, na terra dos Hermanos Argentinos, pelo menos o Turismos é legal.